Tesouro Direto: mitos e verdades

Por permitir investimentos iniciais a partir de R$ 30 e rentabilidades superiores à Poupança, o Tesouro Direto está ganhando destaque entre todos os tipos de investidores e até mesmo entre as pessoas que nunca tinham investido.

Tesouro_Direto

Comprando os títulos públicos do Tesouro Direto, o investidor pode escolher entre papéis com rentabilidade pré ou pós-fixada e alinhar os diferentes produtos com seus objetivos.

As diversas modalidades de títulos permitem aos investidores protegerem os seus recursos da inflação (IPCA) e das oscilações da taxa de juros (Selic).

Após a publicação do nosso guia para investimentos no Tesouro Direto, onde é possível conhecer as diversas características destes títulos públicos, recebemos inúmeras mensagens de leitores querendo confirmar as facilidades e vantagens em iniciar os seus investimentos.

Sendo assim, visando fortalecer ainda mais os conceitos já apresentados e desmistificar este tipo de aplicação, trazemos um trecho do artigo publicado pela corretora independente Easynvest, onde o diretor Amerson Magalhães aponta os mitos e verdades sobre o Tesouro Direto.

Tesouro-Direto-Mito-ou-Verdade

É fácil e barato investir no Tesouro Direto


Verdade. Para Magalhães, os principais diferenciais do Tesouro Direto são o pequeno valor exigido para o investimento inicial (R$ 30,00), baixo risco de crédito, boa liquidez e a facilidade na hora de investir.

“O investidor só precisar ter uma conta em um banco ou corretora, e não precisa nem sair de casa para fazer as transações, tudo pode ser feito pela Internet”.

O investidor deve ficar atento apenas aos custos das operações, que podem variar de instituição para instituição. “Na Easynvest, por exemplo, não cobramos taxa de administração, o que torna o investimento ainda mais vantajoso”, ressalta.

O único custo é a taxa de custódia da BM&FBOVESPA, cobrada sobre o valor total dos títulos (0,30% ao ano) e que se refere aos serviços de guarda dos títulos e às informações e movimentações dos saldos.

Preciso ficar com o título até o vencimento


Mito. Se precisar, o investidor pode vender seu título antes do vencimento, diretamente ao Tesouro Nacional, pelo seu valor de mercado.

“O investidor tem que tomar cuidado para ajustar a sua necessidade com a data de vencimento do título. Se ele vai precisar do dinheiro no curto prazo, não faz sentido comprar um título de longo prazo. Também é importante ficar atento ao Imposto de Renda, cuja alíquota é maior para resgates realizados em prazos menores”.

A rentabilidade do Tesouro Direto pode ser maior do que a da Poupança


Verdade. No atual cenário econômico, o retorno da poupança tende a ficar abaixo até da inflação.

A poupança rende 0,5% ao mês mais a variação da Taxa Referencial (TR). “Com a alta da inflação e da taxa Selic, quem deixa seus recursos concentrados na poupança está perdendo dinheiro”, aponta Magalhães.

Os títulos públicos atrelados à inflação, por exemplo, pagam, atualmente, juro fixo de aproximadamente 6% ao ano (a.a.) mais a variação do IPCA.

Ou seja, o investidor fica protegido do aumento dos preços e tem um ganho real de 6% a.a.

Não vale a pena investir por menos de 2 anos, em razão do Imposto de Renda


Mito. Mesmo com a incidência do Imposto de Renda, as aplicações no Tesouro Direto são mais vantajosas.

Quanto mais tempo o valor ficar investido, menor a alíquota cobrada. As taxas variam de 22,5% para aplicações de até 180 dias e chegam até 15%, para aplicações acima de 720 dias.

Obs.: Para entender um pouco mais sobre a tributação dos seus investimentos, consulte a nossa seção sobre impostos.

É uma boa opção para curto, médio e longo prazo


Verdade. O Tesouro Direto oferece diversas opções, que se encaixam em curto, médio e longo prazo.

“Para quem pensa no curto prazo, os títulos pós-fixados corrigidos diariamente pela Selic são boas opções. Para os que pensam no médio prazo, os títulos pré-fixados podem ser boas alternativas. Já para os que pensam em aposentadoria, o melhor é optar por um título que siga a inflação (IPCA+)”, sugere.

É importante conhecer as características de cada título para escolher a melhor opção de acordo com o objetivo e prazos determinados.

O resgate antes do vencimento sempre é ruim


Mito. Quem decidir vender um título pré-fixado ou IPCA+ antes do vencimento corre o risco de resgatar um valor inferior ao aplicado caso, nesse meio tempo, tenha ocorrido uma elevação na taxa de juros. No entanto, se ocorrer uma redução na taxa de juros, o rendimento poderá ser superior.

Se o investidor vislumbrar a hipótese de venda dos títulos antes do prazo de resgate, a melhor alternativa é a compra do “Tesouro Selic”, pois este é o único título público que sempre apresenta rentabilidade positiva em caso de venda antecipada.

É um investimento com baixo risco de crédito


Verdade. Embora os investimentos em Tesouro Direto não estejam cobertos pelo FGC, Fundo Garantidor de Crédito, a garantia é oferecida pelo Governo Federal, emissor dos títulos. Portanto, é um investimento seguro.

Tesouro Direto só é bom para quem investe muito


Mito. A remuneração paga no Tesouro Direto é a mesma tanto para quem investe pouco, quanto para quem investe valores maiores.

“É um produto democrático, a rentabilidade antes disponível só para grandes investidores agora também é acessível aos pequenos”, contemporiza o diretor Amerson Magalhães.


Esta foi uma matéria publicada pela Easynvest para estimular seus clientes a investirem no Tesouro Direto.

Easynvest_Logo_Bons_Investimentos

Ficaremos sempre atentos ao mercado e quando surgirem novidades que consideremos relevantes e de fontes com comprovada experiência no assunto, traremos para a ampliação do conhecimento dos nossos leitores.

Agora, vamos relembrar como você pode aproveitar o bom momento das aplicações em títulos públicos.

Como iniciar os seus investimentos


Conforme amplamente discutido em nosso artigo sobre “Como Investir”, acreditamos que o primeiro passo para iniciar as aplicações consiste em abrir uma conta em uma corretora independente. Os motivos são os seguintes:

  • Oferecem rentabilidades maiores
  • Oferecem mais opções de investimentos
  • Cobram taxas mais baixas

As taxas cobradas pelas três principais corretoras, apresentadas em nosso artigo específico sobre o tema e monitoradas mensalmente por nosso blog para a apresentação dos 10 melhores investimentos de cada mês, são apresentadas novamente aqui:

Easynvest_XP_Rico_Comparativo_Corretoras

(*) Clientes com investimentos acima de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) são isentos do pagamento desta taxa.

Se você optar por abrir conta em uma dessas três corretoras, podemos adiantar que o processo é feito totalmente pela internet de maneira fácil e rápida.

E o mais importante: é de graça, ou seja, não existe custo para a abertura da conta.

Para fazer o cadastro, basta acessar o site das corretoras diretamente por estes links: Easynvest, XP Investimentos e Rico.

Se você tiver outra sugestão de corretora independente ou se já opera pelo seu próprio banco, compartilhe aqui sua experiência e ajude os demais leitores deste blog.

Considerações Finais


Se você chegou até aqui e fez a leitura do conteúdo disponibilizado em nosso blog, entendemos que o primeiro passo já foi dado, pois você decidiu dedicar o seu tempo para melhorar a sua educação financeira.

O próximo passo é “perder o medo” e colocar em prática os conceitos adquiridos.

Caso você seja “marinheiro de primeira viagem”, é prudente fazer pequenos investimentos nos primeiros meses até que você se familiarize com este “novo mundo” que se apresenta.

Entretanto, podemos te garantir que não é algo complexo ou que exija muito tempo.

Ressaltamos que o Tesouro Direto é uma das aplicações selecionadas em nosso artigo sobre os melhores investimentos para 2016.

Qualquer necessidade de apoio, basta deixar um comentário logo abaixo que estaremos aqui para te auxiliar, ok?


Data da última atualização desta matéria: janeiro de 2016.

9 respostas

  1. Ótimo post. O tesouro direto é uma ótima alternativa já que há a opção de comprar uma “fatia” do título. Como alternativa às corretoras tradicionais, recomendo que avaliem também boutiques de investimentos já que os resgates de títulos oferecidos são em geral D+0 ( sem prazo de “carência”).

    1. Mônica, se você acredita que a economia vai se recuperar no curto e médio prazo, a compra de títulos pré-fixados é uma boa alternativa, mas não recomendamos investir mais do que 25%. Tente mesclar com títulos pós-fixados também para se proteger de eventuais turbulências no cenário econômico.

  2. Olá, primeiramente gostaria de parabenizar pela iniciativa! Educação financeira é muito importante, pois permite que alcancemos objetivos que antes pareciam tão distantes. Gostaria de sugerir um artigo sobre rendimentos reais. Porque, quando uso a calculadora do tesouro para títulos pré-fixados com juros semestrais, por exemplo, não sei como comparar os bônus de cada semestre, já que o dinheiro não vale o mesmo ao longo do tempo. Além disso, olhando a tabela com títulos disponíveis no tesouro, não entendo porque a taxa (a.a) dos pré-fixados é tão maior que a dos pós. Obrigada.

    1. Ana,

      Obrigado pela sugestão. Realmente a nossa ideia é disponibilizar uma calculadora em nosso blog para facilitar a vida dos investidores, mas ainda não conseguimos viabilizar esta iniciativa.

      Em relação à diferença das taxas, creio que está havendo a seguinte situação:

      Você olha o título “Tesouro pré-fixado” e vê que a rentabilidade é de 16% ao ano, depois analisa o “Tesouro IPCA+” e vê rentabilidade de IPCA + 6%.

      A comparação de 16% com 6% não é a correta, porque os 6% serão acrescidos do IPCA do período.

      Considerando o IPCA do último ano de 10,6%, por exemplo, o “Tesouro IPCA+” renderia 10,6+6% = 16,6% a.a.

      Ou seja, as taxas seriam muito parecidas e geralmente é isto que ocorre.

      Era esta a sua dúvida?

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